Desafios na gestão de uma pandemia

Desafios na gestão de uma pandemia

Confira os relatos dos profissionais sobre como tem sido a vivência no combate à Covid-19 

André Luis Dutra da Silva – Especialista em medicina intensiva e cooperado da Unimed Oeste do Paraná

Desde o início da pandemia, vínhamos acompanhando o comportamento da doença no mundo e, quando foram identificados os primeiros casos na região, foi necessário nos prepararmos do ponto de vista estrutural, técnico e emocional.
Mesmo toda tensão, medo, ansiedade e apreensão nunca nos paralisaram. E essa realidade fará com que, no futuro, muitos hábitos sejam alterados dentro e fora da realidade hospitalar. O cenário pandêmico trouxe a necessidade de repensarmos muitas coisas, fazendo com que busquemos ir ao encontro de nós mesmos, revendo posturas e atitudes frente à vida. Exigiu de todos o enfrentamento para que o nosso melhor seja ofertado ao próximo, no tocante à nossa profissão.

Um dos maiores desafios é manter as rotinas pessoais, pois somos parte da linha de frente, dos profissionais que não podem parar. É desafiador carregar a responsabilidade de cuidar da sua família para não transmitir o vírus, adotar novos rituais para chegar à nossa casa, não poder dar aquele abraço apertado nos filhos, pensar duas vezes antes de visitar os pais.
É um desafio trabalhar em equipe, manipular o medo, encorajar o povo nas salas de emergência, ver e se orgulhar da equipe de enfermagem dando o melhor. Além dos profissionais da limpeza, guerreiros silenciosos e pilar fundamental na luta. Cada dia em nosso andar pelo tempo é um desafio para a vida.

Nadia L. Gonzales Mendonza – Pediatra cooperada da Unimed Oeste do Paraná
Daniel Blanski – Cirurgião do Ap. Digestivo e Coloproctologia cooperado da Unimed Apucarana

O maior desafio, no consultório, com o aumento do número de casos positivos, assintomáticos e sintomáticos é a não existência de tratamento protocolar para a Fase 1. E, para os sintomáticos mais exuberantes, instituir, nas expectativas pessoal e familiar, de não evoluir para internação hospitalar. Também preocupa a demora de normalização de alguns casos, persistência de sintomas, a volta ao trabalho e as sequelas!

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