À frente, juntos!

À frente, juntos!

Recentemente, enfrentamos a paralisação dos caminhoneiros. Todos os setores da sociedade foram afetados de alguma forma. A união dos membros exemplifica bem o que a força do compartilhamento, nesse caso em prol de uma causa, um problema comum, pode fazer. Em 11 dias, segundo dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), só o cooperativismo paranaense teve um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão, dano provocado pela interrupção das atividades em 25 agroindústrias que atuam com lácteos, carnes, grãos, açúcar e álcool e fertilizantes. Na área da Saúde, faltaram insumos e algumas atividades também foram afetadas. Sem contar o desabastecimento em postos, mercados, comércio, os impactos na economia externa, entre outros.
Questões como essa só nos faz refletir o quanto os cenários atuais exigem mudanças, entretanto, parece faltar líderes capazes de assumi-las e às suas consequências, a curto, médio e longo prazos. Compreendemos que é a coragem das lideranças – na clareza do que é necessário fazer, que contribuirá para alcançarmos os resultados que todos desejam. Esses resultados, acredito, passam necessariamente por cooperação e compartilhamento.
No Sistema Unimed Paranaense, temos buscado na vivência do compartilhamento as soluções para os inúmeros desafios que nos surgem cotidianamente. Recentemente, entre os mais significativos desafios está a entrada no mercado de saúde suplementar de grandes grupos, altamente capitalizados, adquirindo operadoras de planos de saúde, hospitais, serviços de diagnóstico e terapias e se posicionando no mercado de forma verticalizada e altamente competitiva.
Temos investido em intercooperação em diversas frentes. Um exemplo é a sociedade entre duas Unimeds e uma empresa de tecnologia, com objetivos de produzir soluções tecnológicas em saúde, cujos frutos já começam a aparecer por meio de uma plataforma digital e seus aplicativos.
Constituímos também, em janeiro deste ano, nossa Sociedade de Compartilhamento Participações Societárias S.A., com o objetivo de reunir forças, otimizar recursos e fornecer escala para prover estruturas comuns que permitam dar um salto de qualidade no atendimento ao nosso beneficiário e, consequentemente, promover reflexos positivos, no trabalho e na remuneração do médico cooperado.
Com o aumento desenfreado das escolas médicas na última década, a partir de 2021, estarão se formando em nosso país, aproximadamente, 30 mil novos médicos por ano. Um aumento, de quase 50% em relação ao ano de 2016 e, que não significa, necessariamente, mais qualidade. Por isso, temos vivenciado, também, um relacionamento muito próximo e profícuo com as entidades médicas, em prol da defesa do trabalho médico e da qualidade assistencial e pelo futuro da atividade médica.
Se não bastam questões como essas, temos, ainda, as curiosidades e os desafios de um “admirável mundo novo”, que já implica necessidade de redesenhos que precisamos realizar na saúde. Um relatório da Aruba Networks, empresa da Hewlett Packard (HP), baseado em entrevistas com líderes e especialistas do setor de saúde em todo o mundo, prevê uma transformação revolucionária até 2030.
Cinco pontos merecem destaque: o autodiagnóstico do paciente, hospitais automatizados, profissionais de saúde com mais tempo livre, integração de dados digitais e inteligência artificial. Alguns desses pontos nós já começamos a visualizar, porém, daqui a aproximadamente 10 anos, isso terá mudado nosso modo de atendimento assistencial de maneira radical.
As transformações pelas quais passa o setor de saúde e pelas quais ainda passará afeta a todos nós. Se não estivermos unidos e engajados diante dos cenários que se avizinham, corremos o risco de sermos transmutados de protagonistas a meros expectadores do processo assistencial.
Precisamos nos unir de verdade, valorizarmos e incentivarmos mais nossas parcerias e nosso intercâmbio. Encararmos nossos problemas e desafios e avançar. O caminho é esse, só precisamos trilhá-lo juntos.

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